sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010

De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão
Abelha, abelhinha...
Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim
Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Abelha, carneirinho...
Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa
Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum
Acabou Chorare, Novos Baianos.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Mundo Negro
Que tem cor de noite escura
E nessa noite em brumas
Um abrigo procura.
Menino
Nasceu negro
Na favela do mundo…
Menino negro
Não teve pai pra lhe sustentar
Não conheceu os carinhos de uma mãe:
Só arranhões, no corpo desnudado,
Só a angústia, no coração a sangrar.
Os olhares na rua
Atestam que o preconceito não morreu
E vive entranhado na sociedade
Condenando aquele menino
A ser réu sem liberdade
Menino negro
Não entrou na roda
Mas, com a força de seus braços,
Fez a roda girar.
Acorda Brasil,
Teu filho negro é quem te fala:
_ Não transforme o coração do mundo
Em uma grande e fria senzala!
Autoria: José Carlos Vaz Souza Miranda, PMBA.
Negrumes
na dança que narra
arrepios e memórias
da beleza em áfricas
Poema de Marlon Marcos
Fonte:
http://memoriasdomar.blogspot.com/search?updated-max=2010-12-12T09%3A20%3A00-08%3A00&max-results=10
Pessoal: transcrevo abaixo um manifesto do antropólogo e jornalista Marlon Marcos em defesa da concessão do título de doutor honoris causa de uma universidade baiana a Maria Bethânia.
Cito aqui o texto, pois os temas afro-brasileiros fazem parte do repertório a da artista. Inclusive esse é o tema da dissertação de mestrado de Marlon. Confiram e opinem
Maria Bethânia: a fora de moda que é o norte para o Brasil
Marlon Marcos
Em resumo, ela espelha sua própria força. E diz querer “diminuir” o Brasil dos grandes centros para voltar nossos olhares para as coisas simples do interior; mas acaba agigantando tudo que a voz toca com seus projetos de arte lítero-musical. A mulher de 64 anos, uma senhora linda nascida no Recôncavo baiano, é exemplo do muito que se pode fazer ao longo de uma existência.
Longe das antigas marcas definidoras que desenham o envelhecimento, Maria Bethânia está no auge da carreira e com certeza, acesa na vitalidade que sua artisticidade mais amadurecimento conferiram à sua vida.
Por mais que seja desgastado se insistir nesta constatação, Maria Bethânia, em atividade, é um norte estético educativo antropológico e histórico para o nosso País; é um fenômeno contínuo que, por mais que Claudia Leitte, Ivete Sangalo ( não deveriam nem ser citadas aqui) vendam muito e estourem em popularidade, serve de esteio, podendo ser criticado e nos levar à critica profunda de nós mesmos. Não só cantar ( e ela tem feito isso beirando a perfeição), mas pesquisar, lançar luzes a trabalhos oportunos e geniais como o de Paulo César Pinheiro, Jussara Silveira, Rita Ribeiro, Tereza Cristina, dentre outros; fazer da poesia bandeira educativa; espraiar por toda nação os poemas de Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Fausto Fawcet, Antonio Cícero, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan, Jorge Portugal, José Craveirinha, Chico Buarque, Cecília Meireles, Sophia de Mello Breyner, Arnaldo Antunes, Beto Guedes, Chico César, Ana Basbaum, Carlos Drummond de Andrade, Jota Velloso, Neide Archanjo, Gonzaguinha, Adriana Calcanhotto e textos da outra deusa, Clarice Lispector. Pois sim, são todos literatos conduzidos ao grande público pelo canto teatral e sócio-antropológico de Maria Bethânia.
A Universidade Federal da Bahia e todas as outras baianas vacilam, num misto de burrice conceitual e de machismo recorrente, ao não conferirem a esta artista o título de Doutora Honoris Causa pelo conjunto da sua obra que presta favores intelectuais ao Brasil e em muito orgulha o estado da Bahia.
Ela se diz fora de moda, e segue, em alguns aspectos, professoral nas suas altivez e reserva peculiares. Mais que tudo, segue cantora pedindo que se dê atenção prioritária à educação e vai ocupando um lugar entre nós, o qual nossas Universidades deveriam se espelhar.
Fonte: http://mundoafro.atarde.com.br/
Postado por Cleidiana Ramos @ 5:09 PM, em 14 de dezembro de 2010.
domingo, 28 de novembro de 2010
Monotonia
Uma flauta ao longe
Toca
Uma flauta
Além do muro.
Do seminário vem o lamento.
Chove.
Chora chuva
Monótona chuva
Monótona flauta
Doce.
Goteja a calha
Compondo
A melodia.
Os sinos tocam.
Que dizem os sinos?
“Hora de recolher”.
Rua molhada
Tarde cinzenta
Monótona
É a vida.
Anna Maria Avelino Ayres, in XV Antologia Poética Hélio Pinto Ferreira, 2007.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Breve biografia de um astro

Visitarei o esconderijo dos astros e perturbarei
O silêncio da Mulher-Luz que lá jaz em graça.
Visitarei o sorriso discreto do anjo americano
Que estremece o sono do Super Jeca baiano.
Vou acordá-la em manhã de nuvens baixas para
Que seu brilho pinte as portas do amanhecer.
Foi assim também quando ela nasceu
Nos domínios do The Sunshine State.
Naquele dia não caíram estrelas do céu...
Fez-se foi ampliar a constelação das luzes,
E assim, em 1974 o céu festejou sua chegada
Com a brancura da primeira lua
Que dançava incorrigível dentro da noite de 5 de março.
De Cuba seus ancestrais bradaram:
De tanto Eva Mendes (Mãe) cantar em sol
Pariu uma estrela. De categoria maior. Sublime.
Cor avermelhada. Loira. Bronzeada.
Já no passo lento e breve do tempo,
Do outro lado da laranja do mundo,
Tua boca arrasta meu querer para o beijo profundo.
Logo volto ao domínio dos mortais.
O anjo-estrela desde cedo já sonhava subir.
Para o céu. Para o infinito.
Ganhou o mundo. Inundou corações. Bem fundo.
Ela é Eva. Ave que vai colorindo os ares.
Estrela que brilha para além da vida.
Para além do Aiyê. Para além do Mundo.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Vivemos a vertigem enlouquecedora do nosso tempo. O homem já não mais valoriza o estar com a família. Já não mais vai ao parque ou à praia com a esposa e os filhos. A mãe já não mais conta historinhas para a criança dormir, pois está diante da televisão engordando os índices da Rede Globo. O pai, trabalhador sub-remunerado, não consegue mais dormir preocupado com as faturas vencidas do cartão de crédito. Na escola, o estudante desconhece o sabor do saber graças ao massacrante sistema de ensino que preconiza o tecnicismo em detrimento da formação libertadora e do ensino humanizador. Enfim, fica cada vez mais evidente que para muitos a vida perdeu sua essência e seu significado sublimes.
Outrossim, ao passo que a vida moderna, em especial a vida urbana, mergulha seus tripulantes nesse turbilhão futurista de progresso, consumo e tecnologia, concomitantemente as condena a uma vida fútil e carente de memória, identidade, cidadania, consciência e reflexão. E é aí que surgem os grandes gargalos no tecido social moderno como a corrupção, a violência, a marginalidade, a prostituição de menores, e toda sorte de vícios e mazelas. É também nesse momento que aparecem as múltiplas alternativas para o indivíduo superar esse cenário desolador. Por um lado o caminho árduo e desafiador do equilíbrio, da alegria duradoura, da busca por formas de vida criativas, inovadoras e saudáveis. Por outro, o caminho da ilusão, do prazer gratuito, dos milagres, dos atalhos para a felicidade.
Abordando inicialmente o universo da ilusão, verifica-se que a grande maioria das vítimas do alcoolismo e das drogas apresenta alguma lacuna em sua formação básica, seja no plano familiar, espiritual, psicológico ou social. Assim, ao render-se à alegria furtiva do álcool, por exemplo, o indivíduo intenta forjar um sentido para a vida, constituindo-se numa forma de superar alguma situação adversa, uma fuga da realidade cruel que o oprime, o que acaba por conduzí-lo a um círculo de dependência interminável. Possivelmente, esse fenômeno associado a outros desencantos da vida também explica a busca pelo prazer propiciado por outras drogas como o cigarro, os entorpecentes, a televisão, o consumo compulsivo e todas as outras drogas disponibilizadas nas vitrines do capitalismo. Assim, o mundo caminha para um futuro que ora se apresenta fascinante e cheio de luzes, ora se apresenta incerto e ameaçador, com sofisticadas máquinas e painéis holográficos disputando espaço com milhões de pessoas cada vez mais dependentes de altas doses de antidepressivos e clínicas psiquiátricas - que complementam o tal ciclo de vícios já apontado.
De outra maneira, assumindo um ponto de vista mais ponderado - para não dizer utópico, é possível pavimentar uma via equilibrada e sensata em meio a todo esse caos. Como o próprio Bob Marley diz em sua música Natural Mystic: “There’s a natural mystic blowing through the air”, ou seja, “há uma magia natural fluindo no ar”. De forma que, valorizar o ambiente familiar, dedicar um olhar curioso sobre a vida, fomentar o potencial imaginativo e criativo do ser humano, exercitar a sensibilidade através de uma arte genuína, viver a natureza, os relacionamentos, os amigos, as possibilidades do mundo, viajar e amar, são aspectos essenciais que devem ser realçados para se conquistar uma vida plena e saudável.
Nessa medida, é importante que nos vacinemos continuamente contra a droga dos entorpecentes e da dependência química, contra a droga opressora da indústria da cultura, contra a droga da xenofobia, da homofobia, dos preconceitos, das ideologias alienatórias e dos fundamentalismos religiosos, que são as principais ameaças à paz social.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Se meu mundo cair
então caia devagar
não que eu queira assistir
sem saber evitar
cai por cima de mim:
quem vai se machucar
ou surfar sobre a dor
até o fim?
cola em mim até ouvir
coração no coração
o umbigo tem frio
e arrepio de sentir
o que fica pra trás
até perder o chão
ter o mundo na mão
sem ter mais
onde se segurar
se meu mundo cair
eu que aprenda a levitar
Poema de José Miguel Wisnik
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Texto de Rosana Jatobá*

Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador, vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos.
Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso:
– Recomendo um passeio pelo nosso “Central Park” – disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só!
– Então estarei em casa, repliquei ironicamente.
– Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um tipo de gente.
– A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da capital paulista?
– Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem “farofa” no parque.
– Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a janela do carro e atirou uma caixa de sapatos.
– Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar….
De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que, de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.
Descobri que, no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os “Paraíba”, que, aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a “Cabeça chata”, outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste.
Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável.
Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava:
– O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte:
“O teu cabelo não nega, mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega, mulata
Mulata, quero o teu amor”.
– É ofensivo – diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar, como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem.
A expressão “pé na cozinha”, para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constrangimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala.
O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta:
“Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra ‘niger’ para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim:
‘Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe’ …que quer dizer, agarre um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra crioulo).
Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra, os negros cunharam o slogan ‘black is beautiful’. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém”.
Será que na era Obama vão inventar “Pé na Presidência”, para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje?
A origem social é outro fator que gera comentários tidos como “inofensivos”, mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social é a mesma que picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir:
– A minha “criadagem” não entra pelo elevador social!
E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes humilhantes, dirigidos aos homossexuais? Os termos bicha, bichona, frutinha, biba, “viado”, maricona, boiola e uma infinidade de apelidos, despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo?
Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve frequentemente:
– Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque!
Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino:
– Só podia ser loira!
Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco:
– Só podia ser judeu!
A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos.
Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia …
Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: “O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem”.
Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano.
A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável.
O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque, em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorância e alimenta o monstro da maldade.
Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcoólatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado:
– Só podia ser mendigo!
No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111 detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover:
– Só podia ser bandido!
Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo, no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros.
PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos…
*Rosana Jatobá é jornalista, graduada em Direito e Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, e mestranda em gestão e tecnologias ambientais da Universidade de São Paulo. Também é apresentadora do departamento de jornalismo da Rede Globo.
Fonte: http://jeitobaiano.atarde.com.br/?p=2364
sábado, 11 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
O que é Literatura Negra?
A literatura negra acontece quando o negro deixa de ser somente o tema, o objeto, e passa a compor seu próprio itinerário ideológico pela via das letras e compromissado com suas raízes históricas, no afã de restabelecer seus paradigmas e recuperar o tecido cultural africano no qual ele está engendrado, quando da sua assunção como negro, pregando um sentido positivo à etnicidade negra num cenário de cumplicidade entre objeto, sujeito e produto (obra) através de uma linguagem libertadora, sempre buscando encontrar um universo simbólico discursivo próprio. Através deste discurso ele busca a destituição do status quo e sugere a construção de um novo tabuleiro ideológico que dê ouvidos também às vozes gestadas em outras hermenêuticas e lastrado no respeito às alteridades.
Segundo Orlandi (1988) é um sujeito que ao falar de si, fala dos outros e, ao falar dos outros, fala de si.