A fazenda fica perto da cidade.
Entre a fazenda e a cidade
o morro
a farpa de arame
a porteira
o eco.
...
De tanto se entrevar no mato,
já nem sei se é mais índio ou vegetal
ou pedra, na ânsia da passagem
de um som do mundo em boca de menino,
som libertador
som moleque
som perverso,
qualquer som de vida despertada.
O eco, no caminho
entre a cidade e a fazenda,
é no fundo de mim o que me responde.
Boitempo, Carlos Drummond de Andrade, 1968.
Boitempo, Carlos Drummond de Andrade, 1968.
Nenhum comentário:
Postar um comentário